Emily Vitória

Ecos da Dualidade

[Este é um poema em que duas pessoas participaram da composição.]
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Ah, eu estou farto destas balbúrdias!
Ininterruptamente, faço tudo ao meu alcance,
na expectativa de transmutar o atual;
porém, não há impacto algum;
tudo me aparenta fútil,
não há algo que me apeteça ao sentido, sequer
(M)

-Tua competência é tudo aquilo do que não pode se usufruir
A quem culparemos? O processo, ou você?
Sabes que não consegue, este é o porquê
Serás o único a se obstruir
O erro no qual protesta
(E)

Estou estupefato! Encontro-me aplastado,
Em todas as ocasiões que manifesto
Minhas queixas sobre as agruras,
Tu surge, prestando seu parecer
Leviano, que me aperreia.
Oh, céus! Afinal, quem és tu!?
(M)

 - Sou parte de tua anarquia, do que dispensa
Sou seu entusiasmo nunca procurado
Quem impede o trabalho árduo apurado
Serei o gasto de sua recompensa
O individuo a quem detesta
(E)

\"Anarquia\"!? Maldito seja!
Mantenha-se distante de sua vileza
Recôndita em palavras apuradas!
Responda-me de fato, voz inclemente,
Quem és tu!?
(M)
 
-Sou seu passado frequentemente lembrado
A consciência do que se foi antes
Pessoas, conhecidos. . . Coadjuvantes
Retornando com o tempo, teu fracasso fincado
Sou o que não cessa, não nos olhos de quem vê 
E no final, eu sou você
(E)

Autores: Emily(E) e Matheus(M)