Deast

Chronos

Eu de hoje aprendo o que eu ontem não sabia.

Inocência que, com o tempo, fica e não volta mais.

Corpo que cresce, mente que muda,

E a falta que fazem os meus pais.

 

Tempo que se revolta e não me deixa voltar,

É o olhar triste de quem já viveu e inveja o que vive.

Quando penso no que pensei e fico a pensar,

Quem sabe, sem me aperceber, um dia assim fique.

 

Tempo que cura e envelhece,

Tempo que passa e esquece,

Tempo que continua e entristece,

Tempo que não tira folga e me enlouquece.

 

Estarei a aproveitar os dias?

Quantas horas perco nestes pensamentos profundos?

Valorizo os minutos de alegria?

O medo que tenho de todos os segundos…