Parem de exigir tanto de mim,
Eu estou cansada, a alma a esmorecer,
Mesmo cercada, me sinto assim,
Solitária, sem forças pra me erguer.
Vocês não veem o peso que carrego,
Esse fardo invisível, mas real,
Me sinto presa, sufocada, e cego
É o mundo que me toma por banal.
Minha dor não é menor por não ser vista,
Não a desprezem, não me façam calar,
Vocês não sabem o que em mim persiste,
O que me destrói sem se revelar.
Só peço paz, um espaço pra respirar,
Pra que meu grito não se perca em vão,
Deixem-me existir, sem tanto cobrar,
Pois vivo à beira da própria exaustão.