Mãos frias, árvores pesadas, clima denso
Será que você vai ver meu coração?
Sozinho, posso dizer que estou alegre
Sou uma planta crescendo, enquanto a neve me condensa
Fui eu mesmo, do início ao fim
Não há arrependimentos em que fez o certo
Não me lembro de um amor ou qualquer coisa
Porque sempre estive desigual a tantas coisas
Alegre, não triste, sorrindo, não lacrimejando
Vento que corta nosso rosto, despejo sentimentos em sentidos
Estive no fundo, no fundo da neve, sem respirar, entender, compreender
Que o problema, era a própria aceitação
Ligo o rádio, escuto as músicas
Estação, já dizia, inverno
Carro pesado, rosto sereno
Mesmo que fosse meus últimos suspiros, ainda estaria em paz
Consegue ver? Onde estamos...
Estação, inverno....