Olhem todos,
Aqueles que olhos têm para ver.
O Urso devora o Touro Branco,
Rasga as suas entranhas com prazer.
Olhem todos,
Aqueles que têm olhos para ver.
O Leão Negro aos Cedros de Sídon pega fogo;
Com gosto vê seus troncos arder.
O Tigre é furtivo,
Já mostra os seus dentes.
Rodeada está a ilha de Fuxi;
O Tigre massacrará os inocentes.
Onde estão os heróis?
Os deuses calados estão.
Só vejo sangue dos inocentes,
Neste mundo sem razão.
A Pérsia se acha vencedora,
Nada tem a perder!
Ciro o Grande está morto,
Ainda não o sabe mas vai saber.
Tudo arde!
Tudo queima!
Quem é o rei deste mundo?
É Saturno que aqui reina!
Bala após bala,
Perfurado está o amor!
Civilizações caiem,
O ego do homem é o seu Senhor.
Do céu já vejo descer o anjo,
Suas asas negras a luz cobrem!
Ele Carrega o sabre de Kali,
Que cairá sobre os que sofrem!
Marchem os vivos!
Apodreçam os mortos!
Que o fogo purifique o palco da vida;
Que não restem nem os corpos.
Nações caíram!
Deus seja louvado!
Nações são esquecidas!
O futuro está soterrado.
O sol torna a nascer,
Mas os olhos não o podem ver.
O nevoeiro é véu que cobre o mundo,
Os homens sufocam com o seu poder.
O Leão Negro parecia morto,
Mas agora se levantou!
Sua Águia lhe traz noticias,
Noticias de um mundo que parou.
O Urso jaz congelado,
Vai hibernar de barriga vazia.
Matou o Touro Branco,
Mas carne não havia.
A Odin resta a ambição.
Ele é guerreiro e caçador!
Deseja o que resta;
É um tirano conquistador!
A Viriato nada restou,
El Cid já mal respira;
Escondam-se dos corvos de Odin,
Pois tudo ele mira.
Aos Lusitanos além mar,
Escravos da Águia são.
Os Filhos de Quetzalcoatl,
Lutaram em vão.
Pelo Encoberto vale esperar,
A esperança viverá!
Deus não abandona o seu povo,
Das cinzas a Fénix Benu renascerá!