Palavras, como folhas soltas, dançam ao vento,
parecem leves, inofensivas,
mas, ao caírem, podem tocar um coração,
plantando raízes que se escondem,
crescendo em solo fértil de emoções.
Você, ao falar, não percebe
que um sussurro despretensioso
pode se transformar em sombra,
um espinho cravado na alma de quem ouve,
invisível, mas profundo,
como um eco que nunca se apaga.
São como pedras jogadas em um lago,
as ondas se espalham,
tocando lugares que a mente não alcança,
e o que foi dito sem pensar
torna-se um mar de sentimentos,
navegando em águas desconhecidas.
Por isso, cuide das suas palavras,
que elas sejam sementes de flores,
brotando cores e fragrâncias,
não espinhos que ferem,
mas suaves toques de amor,
um abraço em forma de som.
Fale após reflexão,
pois cada palavra é um gesto,
um carinho ou um corte,
e, ao final, você descobrirá
que o que semeou
volta a você,
florescendo,
como um jardim em plena primavera.