Em um canto escondido da minha mente,
onde o tempo parece desvanecer, falecer,
são guardadas as memórias de um amor perdido,
como as noites que se apagaram ao amanhecer.
Teu sorriso, uma esperança há muito esquecido,
se anela com o vento suave das noites frias,
e o eco da tua voz, ressoa como um sussurro findo,
nas paredes silenciosas de um passado que se perdeu.
Nossos momentos, fragilizados por sonhos,
se tornaram imagens que se desfazem em névoa,
como folhas soltas caindo de uma árvore outonal,
sem rumo, sem retorno e sem nenhuma espera.
O tempo, implacável e senhor do esquecimento,
pintou em tons de saudade o que um dia foi alegria,
e agora, na galeria da memória, só resta lembrança,
de um quadro em toques e tons esbranquiçados.
As palavras que trocamos, uma vez fogo e paixão,
são agora murmúrios distantes, uma frieza profunda,
inacabadas em um filme de lembranças ternas
que a noite guarda com ternura triste e sem fim.
E assim, entre a luz das lembranças e a sombra do presente,
perdura a imagem de um amor que se perdeu,
como uma estrela cadente, que despencou do espaço,
e que, embora distante, ainda ilumina os sonhos da noite.
1 abr 2024 (14:42)