Você acorda,
e a luz do dia
pousa suave sobre a cama,
como uma promessa
de mais um recomeço.
O café, que aquece as mãos,
é mais que um ritual —
é o abraço invisível
que você nem sabia que precisava,
um afago silencioso
nas primeiras horas da manhã.
E ela está lá,
no toque leve, no sorriso
que desvenda seus medos,
na palavra que ecoa
primeira e última,
como um mantra
que você carrega sem perceber.
A rotina, essa velha amiga,
não é prisão,
mas porto seguro
em meio ao caos do mundo.
Nos pequenos gestos repetidos,
você encontra a paz
que tanto busca,
o sentido escondido
nas dobras do tempo.
Você percebe então,
que o afeto é a cura
para todas as feridas —
é o que te faz continuar,
mesmo quando o caminho parece incerto,
mesmo quando as respostas
parecem distantes.
E assim, dia após dia,
você constrói,
não apenas uma vida,
mas um significado,
uma razão para cada passo,
para cada suspiro.
Nos gestos simples,
no olhar que acolhe,
você descobre
que o amor é a resposta,
e que, no fundo,
é ele que dá sentido a tudo.