Sezar Kosta

NOS GESTOS, O SENTIDO DA VIDA

Você acorda,

e a luz do dia

pousa suave sobre a cama,

como uma promessa

de mais um recomeço.

 

O café, que aquece as mãos,

é mais que um ritual —

é o abraço invisível

que você nem sabia que precisava,

um afago silencioso

nas primeiras horas da manhã.

 

E ela está lá,

no toque leve, no sorriso

que desvenda seus medos,

na palavra que ecoa

primeira e última,

como um mantra

que você carrega sem perceber.

 

A rotina, essa velha amiga,

não é prisão,

mas porto seguro

em meio ao caos do mundo.

Nos pequenos gestos repetidos,

você encontra a paz

que tanto busca,

o sentido escondido

nas dobras do tempo.

 

Você percebe então,

que o afeto é a cura

para todas as feridas —

é o que te faz continuar,

mesmo quando o caminho parece incerto,

mesmo quando as respostas

parecem distantes.

 

E assim, dia após dia,

você constrói,

não apenas uma vida,

mas um significado,

uma razão para cada passo,

para cada suspiro.

 

Nos gestos simples,

no olhar que acolhe,

você descobre

que o amor é a resposta,

e que, no fundo,

é ele que dá sentido a tudo.