Eis-me aqui, frente à tela branca, precipício sem fim
Atiro-me ou não? a destilar meus sentires tortos
Ou talvez n’um parto, do metafórico gestado em mim
Vomite minhas indignações e anseios rotos...
Dealbando ideias sinto, o precipício não é infindo...
Afinal, dizeres são falas, nuas ou cruas, não importa
Há que se ouvir o gritar do sentido, feliz ou doído
Poesias... expressas sensações que batem à porta...
Que entrem sem dizer, mas encantem!
Sejam límpidas, despejem-se como cascata
E as recebam, quem por elas se encantem
Que deixem-se levar pelas melodias castas
Contagiem-se em harmonia, e a levem pelas vias
...E nada lhes será como antes...