Preciso que você venha comigo.
Segure em minha mão, sem abrigo,
sem ter hora, nem início,
sem afeição, apenas isso.
Preciso que você venha comigo.
Sem saber ao menos o caminho,
suor escorrendo na pele, unindo.
Estamos em um poço, seguindo.
Preciso que você venha comigo.
No caminho, eu lhe explico.
No alvorecer da aurora, belo visto,
deixando uma sonora paisagem, abismo.
Preciso que você venha comigo.
Na vertigem do infinito,
onde o amor foi acolhido num abrigo
e o coração acabou esvaecido.
Preciso que você venha comigo.
Em um caminho não definido,
apenas eu e você, um amor findo.
No final, em um fundo precipício.
28 set 2024 (12:46)