Numa manhã desbotada, vejo-te insinuante!
Entre paisagens perdidas, destoantes, melancólica
uma magia invade minhas angústias e reticências.
Minhas lembranças vagam, incertas, imprecisas...
Embriago-me com tua doçura nesse regresso!
Acercam-se teus passos dessa varanda silenciosa.
Um vento areja essa cena entre meus devaneios.
Uma imprecisa tarde se avizinha inquietando-me!
Agora, esse lânguido sorriso me entregas.
Fez-se silêncio, cumplicidade, pertencimento,
nesse reencontro de olhos e mãos indulgentes!
Vasto, vasto mundo de desejos se espraiam...
Outra vez a noite chega dissimulada, reticente.
Derramas em mim tuas lânguidas expressões,
evocando enternecimentos, exaltações e comunhão.
Emanam nessas horas nossos desejos, nossa entrega.
Nasce, outra vez, essas estrelas nessa varanda de inquietudes,
essa fome revelando-se, invadindo-me, nessa alegria sobretudo!
Às vezes, sinto-me forte, quando teus olhos me acariciam!
Talvez até forte para, nesse reencontro, deixar-me ficar...