Acordar ao amanhecer
é um chamado sutil, um sussurro do tempo.
O céu ainda hesita entre o azul e o ouro,
e ali, no silêncio das primeiras horas,
a vida nos oferece sua tela imaculada.
Cada traço que fazemos,
cada gesto que doamos,
é luz que acendemos na escuridão de outro ser.
Há um poder divino em tocar a alma alheia,
em transformar o ordinário em milagre.
Amizades são jardins secretos,
onde as raízes se entrelaçam,
profundas e invisíveis,
sustentando-nos nos dias de tempestade.
Nos ventos mais fortes,
é ali que encontramos abrigo —
nos braços daqueles que amamos,
nos olhares que nos entendem,
mesmo quando as palavras falham.
E quando o céu se veste de cinza,
quando os dias parecem longos e pesados,
é no coração bondoso que nasce a esperança.
Um gesto, uma palavra,
são sementes lançadas ao vento,
espalhando flores onde antes havia só pedra.
Que cada amanhecer seja renascimento,
um renovar de promessas não ditas,
um convite para, juntos, criarmos o amanhã,
mais radiante, mais pleno,
onde o sol não se põe,
mas brilha eternamente
nos corações que escolheram amar.