Ema Machado

Herança

Herança

Ema Machado 

 

Subindo o monte, onde a alma faz morada, observo ruas estreitas as quais fujo da caminhada 

Quando não se enfrenta o caminho, percebe-se 

O vazio não é feito de nada

Há nele, fantasmas, tantos desenganos que a porta é fechada

E permanecem aí, imagens indesejadas…

 

Por instantes, o sossego acaricia

Torno-me viajante, sob um céu fulgurante 

A liberdade tem infinitas asas

Sintomas de gente grande 

Cenas de um filme não muito distante 

O que vivi de bom preenche agora o vazio, alimenta a lembrança 

Não há lamento, apenas crescimento, 

Maior herança…