Sempre que aqui passava eu conversava contigo!
E quantas vezes tu me deste abrigo
E eu descansei sob tua proteção.
Teus galhos enormes, bonitos, frondosos
Eram como braços, sempre carinhosos,
E as raízes fortes, fincadas no chão!
Tua linda copa, tão cheia de ninhos,
Ao cair da tarde, tantos passarinhos,
Chamavam seus filhos para então dormir.
Tu eras a beleza de toda a paisagem,
E da natureza eras a mensagem,
Que a floresta inteira iria florir!
Hoje, ao teu lado passo...
Eu estou sedenta... Mata-me o cansaço!
Mas vejo que tuas folhas rolam pelo chão.
Sinto uma tristeza... Uma dor em meu peito,
Por saber que te abateram; e não tem mais jeito.
Leva, então, contigo, o meu coração!
(Maria do Socorro Domingos)