Ela admirava aquelas lindas rosas que lhe dei.
Seu sorriso, um afago que acalma o que invalidei.
Seu olhar, profundo, penetrava minha alma suja,
Vi suas histórias, contos que a saudade refugia.
Apreciei, em meio a um suspiro, a última gota,
A última faísca de amor que ainda em mim flutua;
O último anseio de dor que nunca terá fim,
A última prosa escrita pela minha nobre menina.
Olhei para aquele retrato empoeirado,
Revi aquele abraço, doce e encantado;
Lembrei do tempo de teatro, das risadas vivas,
Reavivei nossas cantigas, melodias tão cativas.
Escutei nossas músicas, ecos de tempos passados,
Dei fim a todas as angústias, ao peso dos fados,
E no silêncio, guardei a essência do que fomos,
Na eternidade de um amor, onde sempre nos encontramos.