Victor_Poeta

O ódio que em mim arde

O ódio que em mim arde,  
Nunca para amor,  
Minha alma de afeto é privada.  

Com palavras duras, faço a rima,  
Meu peito sem calor,  
No café amargo, busco o que anima.  

O doce sentimento se perde calado,  
Ao fim, resta o sabor,  
De um coração não amado.

 

 

O ódio que carrego, uma chama apagada,  
Nunca para o amor, que sempre me rejeitou.  
E eu sigo, na estrada, sozinho, sem nada.  

O amor, esse sonho, por mim nunca foi tocado,  
Minha única companhia, a dor que ficou,  
Pois não sou amado, apenas desamparado.  

Um gole de café, amargo e gelado,  
Uma rima que surge, mas logo se esvaziou,  
O vazio, o fardo, tudo em vão carregado.