Luiza Castro

Desesperança

Sempre sendo a última da fila

Esperando a minha vez

Iludida por dias melhores

Alimentada por um talvez

 

Se os últimos são os primeiros

O que ainda faço aqui?

A esperança é a última a morrer

Mas é a primeira a iludir.

 

Os humilhados serão exaltados

Mas perece que não é bem assim

Sou humilhada em casa, na rua e no trabalho,

Parece que ninguém é por mim.

 

Tem dias que eu só queria sumir

Não socializar mais com ninguém

Não dá bom dia, apenas dormir

Conviver com as pessoas não me faz bem.