Insólito me sinto, taça de vinho tinto fico, a chuva imutável e passageira se tornou minha companheira.
Vago agora aflito, nunca consegui permanecer, vivo feito um nômade num mundo finito.
Na estrada ainda deserta, meu coração se embala em ritmo de descompasso, enquanto as aves cantam em um coro nada diligente.
Incapaz de enxergar o esplendor do sol, esse já se foi, feito sopro em noite de primavera.
Os redemoinhos se movendo, sem vento, os pêndulos marcando meus passos, sem serem hora.
Ao estrelado, muitas vezes desperto e cansado, almejo estar acamado sobre a grama de teu jardim que é tão aflorado por mim.
O céu agora azulado, encontro-me deitado ao leito do riacho, por fim, a paz renderá a algo nesta terra agora cimentada.
A serenidade da célebre natureza, saudosamente é como devo me reverenciar.