SEXTA FEIRA DIA TREZE E OS TERRORES AGORA SÃO OUTROS
Sexta-feira, treze, dia do azar?
A noite desce, gato preto mia
Despreocupado, no muro da
Velha Maria, que só vive a
Reclamar da aposentadoria.
Enquanto as \"bruxas\"
AS que não foram consumidas
Pela Inquisição devem estar
Fazendo home office.
Velas acesas? Culpa da conta de luz não paga.
A guilhotina aposentada virou peça de museu,
E o carrasco? Foi contratado como chefe no escritório.
Terror? Só o preço do supermercado,
E o medo do aumento do aluguel.
Ou o roubo a mão armada nas bombas de combustível.
Espíritos de porcos? Não, só engravatados,
Fuçando vantagens em contratos,
Enquanto corpos reviram na cama,
Pensando em como pagar os boletos do próximo mês. Bocas sedentas? Talvez não por falta de água potável, mas sim por um aumento, Ou quem sabe, um fim de semana sem trabalhar.
Túmulos rachados, culpa da alta inflação e das bolhas imobiliárias,
Corujas e sapos empalhados, e Jack cabeça de abóbora viraram influencers,Oferecendo soluções mágicas em lives.
Os perigos? Estão por toda parte,
Disfarçados de promessas de eleição
E de descontos imperdíveis em liquidações de produtos duvidosos.
Passos invisíveis nas calçadas?
Só o trabalhador indo para o terceiro turno.
O caldeirão encardido ferve,
Mas só porque o gás está caro demais.
Cabeças de abutre? Não, só os ministros cozinhando mais um \"plano de cortes\". Chagas abertas? Apenas o sistema de saúde, à espera de um milagre.
Nada a temer, é só mais um dia comum,
Nesta sexta-feira 13,
Tudo vai \"voltar ao normal\"
No jornal da manhã.
Mas cuidado: Ouço ruídos nos corredores...
Ou seriam as promessas de Delfim Neto
Que ressoam na atualidade:
\"Temos que esperar o bolo crescer para repartir com o povo...\"
Assim vamos nós fazendo o que pode no fim da linha hereditária, se virando como pode
e pedido toca Raul…
“lá vou eu de novo
Brasileiro nato
Se eu não morro eu mato
Essa desnutrição
A minha teimosia
Braba de
guerreiro
É que me faz o primeiro
Dessa procissão…