O amor é um fardo inevitável,
pesado, mas nunca impossível de carregar.
Na mochila da vida, sempre cabe,
mesmo quando o espaço se aperta,
mesmo quando as costas cansam.
Levo-o comigo, não por escolha,
mas porque o vazio da sua ausência
pesa muito mais que sua presença.
E quando deixo de sentir,
o que sobra é o eco do que não fomos,
sonhos perdidos, realidades nunca alcançadas.
O amor eterno, dizem, não dura para sempre,
mas sua sombra se estende além do tempo,
demora uma eternidade para ser esquecido,
e enquanto o coração luta para seguir,
ele persiste, como lembrança gravada,
uma marca invisível que o tempo não apaga.
Resta então a saudade do que poderíamos ter sido,
um horizonte inalcançável,
um fardo que pesa menos do que viver sem tê-lo.