Como cigarro e álcool poesia mata
Eis aqui, palavras de um cardíaco
Das influências efêmeras do zodíaco
Escreve minha caneta, de versos, já farta
Eis aqui, um vício sem cura
Às lágrimas distorcem as letras
Como o dia ofusca às estrelas
Deixando minha consciência às escuras
O que é um poeta ? Senão um mentiroso ?!
Na imensidão das palavras, um cretino
Que trai os sentidos do que é dito
Seu eterno ofício, vulgarmente generoso
Suas mentiras são belas e viciantes
Todos se perdem em longos monólogos
Corações solitários, assassinos, filósofos
O último verso está escrito em sangue
Às palavras estão perdidas e abandonadas
Agora vejo que são apenas palavras
A sanidade têm sido uma virtude distante.