A hora mais esperada do dia sempre chega, nem sempre com ela a delicadeza e presteza imaginadas.
É narrada pelo invisível sentimento de ter, de antemão sabendo que não há reciprocidade quando tanto só se pensa, mas se deixa de fazer.
O púlpito mais elevado não é capaz de afastar o olhar, faz com que se queira tentar junto; a tentativa de escalar.
Saltar parece mais aprazível, longínquo, perene.
Que mão haveria de me estender, a mesma que te ajuda a escalar ou a que apoia na mesa para ler?
Tenho duas, que escrevem sobre o prazer inócuo de não saber ter.
É mais crível a eterna imaginação de que naquela exata hora, a mais esperada, voltarei a dizer: A hora mais esperada do dia sempre chega.
Sei que não há de durar para sempre, desde que eu me atreva a me deixar ver; viver.