... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

SUSPIRO SEM CURA

A saudade é terebrante, d’alma saudosa

Do vazio em tal condição, com soberania

Uma sensação que estoura em alquimia

Explodindo no peito numa dor poderosa

 

Ó cousas, todas vãs, ao sentido curiosa

Qual é a tal emoção que em vós confia?

Ora a alegria, ora outra prosa, outro dia

Vacilantes todos, mas, à poesia formosa

 

Eu vi já por aqui comparência e flores

Vi olhares, preciosa cortesia, aventura

Versejar, vi cantar cânticos de amores

 

Na poética, um de tudo, vivi loucura

E adequando-me eu, fui os ardores

Da solidão... este suspiro é sem cura.

 

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

08/09/2024, 16’27” – cerrado goiano

 

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