Melancolia...

O Silêncio da Inspiração. (Ao Poeta Elfrans)

O verso que não nasce, no entanto, espera

Como um rio que aguarda a chuva para fluir;

Mesmo em dias de seca, a alma é sincera

E no crepúsculo, a esperança volta a surgir.


Pois a dor do intervalo, enfim, é passageira

E o amor à arte, fiel, jamais se apaga;

A inspiração retorna, renovada e inteira

E a musa volta a dançar na mente que se embriaga.

 

E assim, na quietude, renasce a poesia

Como um campo que se veste de novas cores.

Cada pausa é um convite à melancolia,

Mas é na espera que brotam os maiores amores.

5 set 2024 (15:56)