O verso que não nasce, no entanto, espera
Como um rio que aguarda a chuva para fluir;
Mesmo em dias de seca, a alma é sincera
E no crepúsculo, a esperança volta a surgir.
Pois a dor do intervalo, enfim, é passageira
E o amor à arte, fiel, jamais se apaga;
A inspiração retorna, renovada e inteira
E a musa volta a dançar na mente que se embriaga.
E assim, na quietude, renasce a poesia
Como um campo que se veste de novas cores.
Cada pausa é um convite à melancolia,
Mas é na espera que brotam os maiores amores.
5 set 2024 (15:56)