Lara Neiva de Melo

Poesia Existencialista

 

 

     Acho que a vida é muito curta para não se expressar. Mas também acho que as expectativas não podem ser muito altas, uma vez  que estamos falando da raça humana, temos que ter os pés no chão. Porque até mesmo a coisa mais bonita deste mundo miserável será um dia destruída por essa raça fúnebre de parasitas. Uma vez que toda a beleza estiver em ruínas, emergir não será mais possível como era antes. O passado se tornara um caminho para um futuro decisivo. E o ser humano? Bem, ele não é mais humano e sim uma figura humanoide que chamamos de ser. Uma vez que, por um instante se tornara algo egocêntrico, consumido pelo egoísmo e corrupção.

     O essencial se torna escasso, a vida se torna escassa, falta de recursos para a proliferação do viver. Nesse mundo, eu não sou mais eu. Pego-me pensando em algo que por um instante me traga de volta à realidade, a realidade na qual somos felizes sem ter que lidar com as consequências de nossas ações. Num mundo onde vivemos uma realidade arbitrária à atual.

      Dorme, dorme, dorme. Sem pensar no amanhã, eu durmo. E não acordo mais. Peguei-me pensando mais uma vez pensando em algum tipo de realidade paralela que me traga de volta à felicidade.

       “Felicidade” é algo relativo. Uns pensam que está ligada à bens materiais, concomitantemente pensam em outras formas de preencher o vazio dentro deles através de objetos, objetos e mais objetos inanimados.

        Joias,  carros de luxo, bolsas de grife, são mesmo necessários? Enquanto há pessoas sem um tostão no bolso, há quem gaste dinheiro como louco.

         A beleza da vida é invisível aos olhos. O homem jamais será o mesmo. Tudo é relativo. Nada consegue ser recíproco na mesma intensidade. Não sabemos o que se passa na cabeça de cada pessoa. E nunca vamos. Não sabemos nem o que se passa na nossa, quem dirá na dos outros. A vida é um mistério. Ninguém sabe de tudo, e nunca vai saber. Pois conhecimento não acaba. Passando pelas ruas, observo a hipocrisia prevalecendo-se diante da sociedade.

 

 

 

Lara Neiva de Melo - 09/09/2024