Se as dores do mundo fossem palpáveis, não existiriam tantos miseráveis a beira da insensibilidade.
Se fossem sentidas, quilômetros de distância percebidas, levadas ao colo de quem dá apoio, colo e guarida.
Quantos seres vivem a beira da marginalidade? A sociedade os trata com invisibilidade.
Quantos não são o que falam, e os que verdadeiramente fazem não falam?
As dores do mundo também são nossas, mas vivemos como se fôssemos intocáveis.
Até que um dia passamos pelo mesmo ou vemos bem de perto algo se ruir e sentimos na pele o quão miseráveis somos...