Doce borboleta, trazes luz em minha vida nesse outono
Beijas-me até o amanhecer
Fazei-me teu
À luz dos astros, me faça conhecer
És minha luz
És meu rumo
És Minha direção
Eu necessito sentir a tua afeição
Teu viés te permite sentir o mesmo?
És o meu templo
Meu tempo
Minha vela
És minha vida.
Esplêndida borboleta, o inverno me faz lacrimejar em meio ao tempo e às suas cartas
Nosso entardecer enrolando-nos nos lençóis do tempo
Ao entardecer, serei teu
Os astros se fizeram de testemunhas do nosso amor
Razão do meu viver, felicidade do meu respirar
Digas que sou o amado teu
Digas que sou tua vida
Tua maravilha, tua razão
Digas que sou teu amor, teu amigo
Teu coração
E eu jurarei amor eterno a ti, somente a ti
És a mais bela borboleta que vi
Proves do meu néctar floral e você verá.
Majestosa borboleta, a primavera não é mais feliz como a dos meus entes
Pareces tão distantes de mim
Teu voar tem sido feroz
Teu coração vive veloz
Devo ausculta-lo?
Digas que tudo passará
Que nossa vida se transformará junto à primavera, quero que tentes
Minhas pétalas murcharam
Faz tempos que não buscas meu néctar
Mas me prometa que dançaremos outra vez aquela velha sonata ao luar
À luz da lua, enrolados pelo brilho das estrelas
Já podes voltar, os temores já marcharam.
Magnífica borboleta, fostes embora e me deixastes aqui
Não existem motivos para viver
A minha tristeza se intensifica com o verão
Minha última viagem será para a imensidão, para a eternidade
Sinto falta da nossa serenidade
Meus dias sem você serão vãos, minha vida sem você será frívola
Ainda lembro de quando nós encontramos naquele frio outono
Agora dizes que vai, o que será de mim?
De minha vida farei uma Ímola
Para que eu possa te tocar uma última vez
Estou aqui, à beira desse precipício onde meu altar fora montado
Daqui consigo escutar o coro celeste
Teu cruel viés
Me fazes imolar minha vida aos deuses primordiais
Eu já posso sentir o fogo abrasador
Minha passagem será vivaz
Um brinde à liberdade
Sem ti minha vida não tens sentido
Pois só tu, fostes o meu templo
Minha vida, meu tudo
Fostes minha razão de acordar, minhas noites de insônia
Meu amor, minha felicidade
Meus olhos estão cansados, meu coração oco
Na minha vida não há sentido
Tu se aventuras noutros jardins e passagens, tua felicidade causa o meu sofrimento
Eu sinto tantas saudades
Meu ego foi ferido
No amor não há sentido
Teu cheiro sobre mim
Eu me sinto sozinho à meia-noite
Um brinde à mim e à você
Um brinde às nossas liberdades.