Minha depressão é um véu pesado,
Que cobre o mundo em tons apagados.
É o silêncio que grita, o vazio que pesa,
A dor invisível que ninguém vê, mas fere.
É acordar sem vontade de estar,
Sentir o corpo presente, mas a mente a vagar.
É lutar contra a maré do cansaço,
Afundando, sempre, sem alcançar o abraço.
É a sombra que me segue, fiel companheira,
Que sussurra ao ouvido palavras traiçoeiras.
É o frio constante, mesmo em dias de sol,
Uma chuva interna que nunca dá trégua ao meu lençol.
É o olhar perdido, sem brilho, e sem cor,
O sorriso forçado, que oculta a minha dor.
Minha depressão é um labirinto sem fim,
Onde cada saída me traz de volta a mim.
E assim eu vou vivento, ou tentando, talvez,
Nestas prisão sem grades, que ninguém vê.
Minha depressão é o meu fardo e meu chão,
Essa é uma batalha sempre travada no meu coração