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Dualidades de alguém

Contador de histórias, minha mente sempre fica brincando 
Procurando nos livros, alguém que se identifique comigo
Meus olhos tão rançosos julgando o mundo 
Minhas dualidades, se fundindo e entrelaçando também 

Escutei, entendi, pensei e fiz 
Ondas e ondas dentro do meu coração 
Ser frio ou sentimental demais?
Ambicioso por alguém ou humilde pelo mundo?

Estou indo contra a maré só para provar algo a mim mesmo
Que é possível, que eu vi alguém que conseguiu 
Agora, martelam, me pregam pregos fundos de ferro
Será que você pode ver um homem solitário na minha alma?

Você não precisa chamar o nome de um ninguém 
Porque sou aquém, sou distante, destoante
Cave e cave mais, até não sobrar mais nada
Enquanto sou devorado pelos abutres e sentenciado pelos corvos, será que minha alma será salva?

Mascarado ou não, palavra ditas ou não 
Apenas no fim, apenas não senti, é algo sobre a dualidade de alguém...