É corte sem anestesia
Nó que não desata
E mais aperta a cada dia
Só quem sente sabe como se sente
Ninguém entende que alguém
Está tão presente estando ausente
É ver a travessia do rio
Ficando do lado de cá
Sem aceno, sem aviso
Saiu de cena antes do show acabar
Deixou que outros sigam em frente
Ficando o palco a desabar
Melhor é a casa de agora
Não parecia que já era a hora
O dono do tempo, porém, disse que sim
Não se mede
Nem a dor nem a ausência
Nem o vazio de todos os dias
Para sempre a lembrança
Que te faz presente
No coração da gente
Em completude, eternidade
Em nuvens de glória, felicidade
Do lado de cá, dor e eterna saudade
EDLA Marinho
03/08/2024