Empresto-te meus versos,
porque os teus, estão
contaminados pelo ódio;
Empresto- te o amor,
porque teu coração
está impregnado de rancor.
Empresto-te a paz,
porque é campo minado,
o terreno em que pisas,
dando guarida
à contrapartida
da maldade que em ti habita
qual erva daninha, que infecta
a tudo em que tocas!
Não adianta ocultar-se
na sombra malévola
de si mesmo!
Não perdeste a humanidade.
Nunca a tiveste.
Monetizas com o ódio,
com o qual,
lucras com a desdita alheia:
A paga tua está posta
assim como
bem mereces: aposta
da vida que paga pra ver.
Um dia, a conta chega,
pega pra valer
a quem tem
culpa no cartório !