No relance do crepúsculo, sinto a urgência
de tocar seu rosto, agora, aqui e sempre,
antes que o sol se ponha atrás das nuvens
e nos roube o instante que desespera.
Sua ausência ecoa em mim, um grito silente,
um vazio que dança entre os corredores da alma.
Preciso do seu abraço, dos seus lábios que sussurram,
como o mar que anseia pela terra em cada onda.
A simplicidade do seu olhar,
mesmo em seus dias mais turvos,
é um farol que guia meus passos incertos,
e eu aceito seus defeitos como a maré aceita a lua,
sem questionar, apenas sendo.
Cada conversa, cada toque,
é um fio que entrelaça nossas vidas
em um tecido de fragilidade e força.
Não me importa o peso das críticas ou os espinhos
que possa haver em nossa caminhada conjunta,
porque em você encontro a verdade
que meus dias de solidão não conhecem.
Em cada erro, um reflexo de nós,
em cada acerto, um pouco mais de esperança.
Viver com você é aceitar o tempo e suas imperfeições,
é encontrar beleza no caos e nas promessas
que fazemos sem palavras,
apenas no silêncio que compartilham nossos corações.
Então venha, ainda que o mundo grite
que o momento não é perfeito.
Vamos nos abraçar enquanto a noite cai,
enquanto a urgência de nós nos envolve,
porque o presente é o único tempo
em que posso, de verdade, ser seu.