A felicidade é uma droga servida
Que trai a ansiosa carne viva
Como os lábios de uma meretriz promíscua
Prometendo um belo amor sem vida
O sorriso nunca cicatriza
Mas de fato é uma ferida
O amor é uma promessa falsa
Um breve alívio para alma
Um caminho certo para desgraça
Harmônico e ritmado como valsa
Um demônio que encanta e embriaga
O amor promete, cumpre e mata
A verdade é sempre tímida
É uma sútil brutalidade sínica
Às vezes ausente para ser sentida
Aparecendo de repente fria
Matando cada esperança viva
A verdade é timidamente nociva
A finalidade de tudo está nas trevas
Há verdade somente nas guerras
E diante de incontáveis eras
O homem foge de tais mazelas
Através da fonte de ilusões etéreas
No amor, na poesia e outras misérias