O primeiro beijo,
um sussurro de estrelas,
o calor de um verão em chamas,
lábios que se encontram como
dois mundos colidindo,
promessa de infinitos segredos
na suavidade de um toque.
Coração acelerado,
o tempo suspenso,
só existíamos nós,
naquele instante mágico,
onde o ar se encheu de perfume,
e cada suspiro
era um verso não escrito.
Logo vieram outros,
beijos como pinceladas,
cada um, com um tom
na paleta da nossa história.
Um beijo sob a chuva,
gotas dançando em nossos rostos,
outro na luz da manhã,
o calor da pele aquecendo
as memórias do que já foi.
Beijos de despedida,
como folhas caindo em outono,
levando consigo
o eco de risos e promessas,
e beijos de reencontro,
onde o tempo se curva
e a saudade se dissolve
na intensidade de um toque.
Cada beijo,
um espelho da nossa alma,
um fio que tece
o que somos,
um diálogo silencioso
entre o que foi e o que será,
cada um uma ponte
que nos liga à essência
do amor que vivemos.
Mas, ah, a eternidade dos beijos!
Eles se tornam marcas indeléveis,
tatuagens na memória,
ecos que ressoam
na vastidão do tempo.
São chamas que nunca se apagam,
brisas que sopram suave
nas noites solitárias.
E assim, ao longo da vida,
continuo a sentir
a presença de cada beijo,
como estrelas no céu,
iluminando a escuridão,
inspirando e aquecendo,
testemunhos de um amor
que transcende o efêmero,
eterno em sua beleza.