Orpheus Noah
Mais um melodrama da saudade
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Estou sem criatividade para escrever outros temas, se só vem você
na minha mente em muita atividade e meu vocabulário retroceder
em tom de estadia, o cansaço na cena da estréia do palhaço
onde o circo inteiro riu da minha miséria... o palhaço estava descalço.
A minha cachola de ideias no momento está trancada
o culpado sendo o amor entregue a cicatriz desenhada em meu peito
embora na madrugada de tormento, sempre receio da falta de recheio
indagando a indecência em murmúrio de sua lembrança, minha amada.
Estou em caos, por ora, me despeço do meu resto e infesto tempo
encontrando-se atualmente empregado ao calabouço da saudade
que deixaste tópicos entreabertos e embriagados naquele momento
em que esqueceste meu coração na bandeja da irresponsabilidade.
Na mancha falhada do desenho incolor de nossa mentira
me encontro na espinha de meu rosto coberto por sua malícia
deixado em contraste a irregularidade de sua procura
sem êxito, encontrei o abismo no ápice da falta de sinfonia.
Essa fatídica porcaria acorrentada a minha memória
cujo o tempo não retrocede ao momento de meu nascimento
para minha mãe jovem, alegaria não estar apto a viver esse tormento
afim de abdicar minha então vida, a doce e amada morte, ousadia.
Neste instante, fadado a lembrar e lembrar daquela maldita garota
perdido no labirinto da saudade, em seu calabouço escuro
preso a grossas correntes de aço maciço de um perverso desespero
me encontro sozinho, à mercê da angústia à mim imposta.
Na vastidão intensa da incomum recordação entre parênteses
as citações de um amor que outrora me pertencia
hoje datada ao diário vivo de minha imprudência
perseguida-a por intermédio da saudade exposta a prosa em sínteses.
Me tornando lacaio da obsessiva morte que me veio visitar
asteando sua bandeira, de uma vida curta a navegar
que durante a estadia da saudade, ousou alertar
\"o amor será responsável por um dia o fim lhe entregar!\"
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