... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

OCASO DA VIDA

Vai, folha seca, vai, desgarrada

Ao vento em fascinante magia

Vai, que o outono, já evidencia

No fatal balé, de poética toada

 

Cumpre o destino, meta sagrada

Mudada: sem cor, árida sinfonia

Sem viço, sem a gala da energia

E, a tua pálida força, já crestada

 

No tempo, a tua mocidade palia

Deixando-te no calor da saudade

Vai, folha delicada, doce poesia

 

Baila pelo ar desta final liberdade

Realizou a sua crucial biografia...

Ímpar e, cada um de nós há-de.

 

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

26 agosto 2024, 16’23” – Araguari, MG

 

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