Leonardo Ribeiro

Pétala do Horizonte

Quem diria, nesta tarde tomei minha inspiração
Um punhado de folhas na mão, uma caneta para expressar o meu estimar
Onde naquela montanha, o por do sol alvejou minha visão
Ali pude ver e sentir com clarividência, um toque subliminar
eu e minha futura no altar, votos e bebidas de frente com o mar
Mulher doce e refinada, como posso ignorar?
A mais airosa memória que o ser humano pode recapitular
Vastos cabelos balsâmicos ao transitar
Olha, que delícia de lembrar, a visão...
Eu e ela, uma vida e um lar... e é uma pena
por o nome dela não poder citar
Porém a vida, o vento e o mar... criação bela de se amar,
sentir e agraciar... me trará a bela lembrança daquele olhar
Olhar no qual germina meu peito a palpitar, ondular, tremular...
me impulsa a querer se arriscar
Onde o pressentir do toque ao meu coração, naquele dia... aquela pétala arrancar
No horizonte, de frente as águas... rescender o aroma e pensar
Onde está, aquele meu favorito e doce pulsar?