Às vezes os dias são dourados,
Outras vezes, cinza escuro.
Alguns momentos são eternizados,
Outros, enterrados.
Se ontem eu parti,
Amanhã, quem sabe, Eu volto
As noites me torturam,
Os dias me enlouquecem,
Minha corrida em direção à luz
Apenas me enfraquece.
Meus gritos ecoam no vazio,
Meu corpo sangra neste cômodo frio.
Mil cortes não me mataram,
Mil decepções me levaram...
Sou um fantasma sem luz,
O Adeus que ficou nos seus lábios,
O medo de amar,
E a esperança que morreu.
Faço parte das folhas da Primavera,
Caindo, silenciosas, na sua janela.
Das flores que morreram entre
Os espinhos,
Eu sou o sangue que mancha
O seu chão de cristal,
O seu temido final.