Encontro-me num eixo sem nexo,
Não sei se recôncavo ou complexo.
Ao que vi, não sei se me enxergo;
A tristeza se esvai, perplexo.
Sinto o pulsar dentro do peito,
Mas não me alegro com o fim.
Sem meio de vir ao meu leito,
Sinto a solidão devastar dentro de mim.
Nada de novo neste lugar,
O que me revolta é só a triste solidão.
Pois, levaste de mim tudo o que eu era
E deixaste meu corpo arrastando-se ao chão.
Sei que nunca vou sentir um amor assim,
Puro, fiel, verdadeiro e amável.
Estarei mendigando teus atos,
Nos braços de outras, não tão adoráveis.
Vida, triste fim para meu coração,
Que não escutou quando tentei dizer
Que o único amor que não teria fim
Seria assim, como foi o meu por você.
Mais que pena, mesmo,
Tudo se foi ao fim.
Nada mais me resta de vivo...
E não sei se ainda existe a mim.
23 ago 2024 (17:32)