ALIMENTO
( 22 Agosto - Dia do Folclore)
A noite é escura
e a mata densa
Corro alucinado como se não houvesse amanhã
Meus músculos retesados
Avanço veloz
Pulo pedras e galhos baixos
me arranho nos espinhos
Minha sede aumenta
Labirinto verde
Enxergo pouco
Lampejos da lua
clareiam por cima das árvores
Preciso continuar
Preciso aplacar a minha sede
Sentir nas presas a vítima
e o sangue escorrendo na garganta
Alimento crucial
para minha sobrevivência.
Leide Freitas