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Consciência

Sou um ser arrependido, minhas ideias já não sabem mais o que sinto.

Pois são desconexas, irreais e sem sentido.

Me prostro perante pensamentos, viajando para outros tempos.

 

Prefiro perder a consciência, antes a essência.

Minha maneira de ser, pensar e agir.

Todos a possuem, não adianta omitir.

 

Que horas são? Perdi-me no tempo.

E este, por que tão ligeiro, rápido e rasteiro?

Confesso que não o sei, e nem quero saber.

Porque é preferível viver a rever.

 

Mas rever o que? Memórias, choros, alegrias?

Eu vos digo que não vale a pena sentir esta nostalgia.

Até porque meu caro, nem tudo é poesia.

 

Ouve-se um grito ao longe, de onde o horizonte termina.

Mas quem será, quem será?

É minha consciência, eterna utopia.