Medita o bardo em silêncio profundo...
Na tarde opaca dum dia sem cor,
sua alma chora um revés sem rancor
e, o coração se afoga em lago fundo!
Descem lágrimas em pingos de dor...
Cada suspiro é lamento rotundo
e, só amargura habita seu mundo
desprovido da alegria do amor!
Sua alma é noite escura de agonia...
Porém, no fundo, uma luz a brilhar
traz promessa de novo porvir, pois
que a tristeza, embora possa durar,
é passageira como a ventania
que destrói, mas traz beleza depois!