Joana de Clarice

Poema esquecido

Ultimamente tenho esquecido seu rosto 
Por mais que me esforce 
A derradeira vez que te vi se apaga nas minhas lembranças 
Tenho andado com outras coisas na cabeça 
Tenho feito muita coisas
Tenho trabalhado muito 
Mas o incomodo permanece escondido 
E nítido nos detalhes que continuo negando 

 

Ainda tenho lampejos de bons momentos contigo 
Como quando acreditei por dias que ficaríamos na vida uma da outra
Suas lembranças veio feito um reflexo 
Quando a minha mente descansa
E me pegou cantarolando uma música que te lembra
Não tenho escutado músicas 
Esse parte em mim se vai

 

Do resto, guardo a certeza e o medo de ser infeliz 
A solidão nem sequer me doe
Eu sempre fui sozinha
Você é uma alegria passada
Por enquanto me faz sentir um vento de liberdade que bate na janela 
Mas te esqueço e confesso que não queria
Mas a vida tem sede do adiante e lamento de saber disso 
Uma dia nem essas palavras vão ter sentido