... poeta do cerrado ... © Luciano Spagnol

POR QUE SÓ CHORAS?

Sempre choras, soneto! Nunca a tua alegria

Gafando o poema como um sedutor emotivo

Constantemente mascara o verso narrativo

Amador, que consome a vida em tal poesia

 

Nunca! pois nunca, ó implacável nostalgia

És custosa, nunca vem narrar o chamativo

Sonho daquele sentimento delirante e vivo

Compondo os versos com poética melodia

 

Sinta, pressinta, é de sensação toda prosa

Tal como o rútilo rosi-argêntea das auroras

Cá no cerrado, em uma fascinação viçosa

 

Que encanta e canta as amantes horas...

Poetize-se com a sedução de uma rosa

Sem medo, sempre... por que só choras?

 

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

18 agosto 2024, 18’40” – Araguari, MG

 

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