Me tornei refém da minha mente
Preso, acorrentado, sigo sempre tentando escapar.
Mas essas correntes já enferrujadas, impedem minha fuga.
Resta-me então, ignora-las.
Mas ignorar não consigo, o som dos ferros ao se chocar, sempre me trazem de volta a realidade.
E elas ainda estão lá.
Essas correntes me impedem de sair desse buraco.
Amargo e frio trauma, que me impedem de viver.
Viver o amor, lindo e belo dos meus sonhos infantis, aqueles que se lê em livros ou se assiste nas enormes telas de cinemas.
Essas correntes me trazem de volta a realidade, que por sinal, também é mentira, e eu sei que só existem ali.
Traições, abandono, tudo fruto de memórias ruins, que minha mente insiste em relembrar.
Quero deixá-las para trás, quero me soltar dessas correntes, quero sair da caverna, deixar de suposições do que seriam aquelas sombras na parede.
Eu quero ver o sol, sentir a brisa, pisar na grama.
Quero me queimar nesse sol, ser picado por algum inseto, qualquer coisa.
Mas que seja real.
Mas minha mente me mantém em um cárcere, que me impede de deslumbrar dessa realidade.
E hoje sigo sendo torturado. Acorrentado, temo estar vendo o meu amor partir.
Junto forças em desespero, para me livrar desse cárcere e explorar o mundo fora dessa caverna.
Que eu desejo muito explorar com você.
Para meu amor:
-G