O sol desbainha no horizonte entorpecido;
O arco-íris se forma na chuva enfurecida.
Diante daquele arsenal de armas insípido,
Eu reclamo, com a minha voz estrupida.
Olho para o céu, lamentando a vida que não vivo.
Me encontro refletindo sobre os seus últimos apelos,
Me pedindo para nunca reclamar aos prostíbulos.
Devo ninguém culpar? me tornar um ser compassivo?
Agora, visualizo o rancor que dorme no espelho teu.
Vejo todas as mágoas que tu guardaste no poço meu.
Hoje lamento o tempo que perdemos em pensamentos.
Tento reviver o repugnante amor horrendo,
Pois esse sofrimento me mantém vivendo.
Agora estou suplicando à chuva: me salve!