victoremmanuel

Me salve!

O sol desbainha no horizonte entorpecido;

O arco-íris se forma na chuva enfurecida.

Diante daquele arsenal de armas insípido,

Eu reclamo, com a minha voz estrupida.

 

Olho para o céu, lamentando a vida que não vivo.

Me encontro refletindo sobre os seus últimos apelos,

Me pedindo para nunca reclamar aos prostíbulos.

Devo ninguém culpar? me tornar um ser compassivo?

 

Agora, visualizo o rancor que dorme no espelho teu.

Vejo todas as mágoas que tu guardaste no poço meu.

Hoje lamento o tempo que perdemos em pensamentos.

 

Tento reviver o repugnante amor horrendo,

Pois esse sofrimento me mantém vivendo.

Agora estou suplicando à chuva: me salve!