Ele adormece no âmago de cada ser,
Despertando junto ao amanhecer.
Chamam-no de pai da redenção;
E requer aceitação e resignação.
O seu verdadeiro nome é lamentação.
Quando ferimos o coração
E o mundo logo o esquece,
É nesses momentos que ele aparece.
A crueza que adormece na insondável carne impura
Faz do arrependimento o pior tempero da amargura.
Ele corrói o espírito dos fiéis guerreiros embravecidos,
Pois é uma faca que tritura até os corações enrijecidos.
Se esquecermos de sua existência, ele volta enfurecido.
Se nos aprofundarmos e o considerarmos como insípido,
Ele nos tortura, sem um único resquício de comiseração.
Jaz nas profundezas de todo abismo; ele merece pacificação.