A dor molda um artista, o artista molda a dor.
Em tempos de discórdia a sociedade afoga-se.
Os que sabem nadar a angústia está ao seu vagar,
E os que sabem a usar poético será seu andar.
Enquanto a sociedade se debate em águas rasas,
Mergulhados em águas turvas, os artistas buscam
Pela libertação nas profundezas.
As penas dos anjos são apenas rastros de luz em noites sem luar.
A dor, o cinzel que esculpe a alma de meu almejar,
E a arte, o refúgio para os que não tem mais para onde fugir.
Em cada pincelada um grito silenciado pelo sofrimento,
Em cada verso uma lágrima cristalizada por memórias.
A dor é a matéria-prima do artista, sua criação e sua redenção.
E em cada obra a dor se transforma.