Sezar Kosta

A HERANÇA DE AMOR

Na penumbra do quarto, à luz da lua,

O pai se senta, olhar terno e nu.

Seus filhos dormem, sonhos emaranhados,

E o coração dele, eternamente ligado.

 

A cama é o palco, a cena é sagrada,

O amor paterno, uma melodia entoada.

Ele reflete sobre a jornada percorrida,

As lágrimas, os risos, a vida compartilhada.

 

Brinquedos espalhados, desenhos na parede,

Símbolos de momentos, memórias que precedem.

Ele sorri, orgulhoso e grato, no silêncio da noite,

Por ser guia, protetor, na dança da paternidade.

 

A luz da lua acaricia seus cabelos grisalhos,

Enquanto ele sussurra: “Meus filhos, meus raios.”

E a herança de amor transcende o tempo e espaço,

Pois ser pai é um privilégio, um eterno abraço