Em um pássaro de lata
De manhã ou madrugada
Vão se todos viajar
É posto um grande freio
Sob o medo e o receio
E lá se vai mais um comboio
Dizem que não tem perigo
Basta apenas por o cinto
Pois Se subiu irá pousar
Fico então irredutível
Pois é fato indiscutível
não fui feito pra voar
Fico eu pensando aqui
Como podem insistir
Que não há perigo algum
Quantos homens já morreram
Quantas vidas pereceram
Muitas outras há de ser
Nem benzendo com água benta
É no meio da tormenta
Que o arrependimento vem
Mas aí não há mais nada
Caixa preta retirada
Eis o coro em terror!
Eis a morte eminente
Não há ateu e nem crente
Que não chore de horror